
Sempre que a noite chega, a solidão vem falar em sussurro. E a saudade penetra bem cá dentro como um pouco de luar dentro de minha noite imensa. Uma noite percorrendo com lentidão os minutos passando até ao raiar do dia que tarda. E vai deixando aos poucos aquele toque de beleza e suavidade. Vai vertendo prata nos recantos mais sombrios, nos sítios mais esconsos. Vai enfeitando de luz as flores mais puras. Assim é derramada em meu sentir a saudade e consegue transformar em beleza a tristeza infinita do presente, porque traz para mim o encanto das horas mortas do passado.
Traz o gosto perdido de beijos húmidos de amor, transporta o calor dos abraços inesquecíveis, transmite o eco sussurrado das palavras que não foram ditas, por não necessárias.
Cerro os olhos e tento a recordar... Começo a cogitar no que foi o meu todo e agora é apenas a minha saudade. Começo a pensar naquele pedaço que me abandonou em tristeza e dor... Que esqueceu que meu amor era sincero... Que não se lembrou que tudo em mim era um pouco de ti.
Que não pensou que minha vida sem a tua, era uma caminhada de tédio e de angústia...
Agora estou só... E a saudade. Ela é a própria tristeza. Ah, e eu não sabia que a saudade doesse tanto! Fico olhando para as estrelas e implorando que leve até onde o teu sorriso mora esta minha saudade, para que venha correndo para os meus braços. A saudade... Ela é a própria amargura... Ela é tudo que eu tive e não tenho mais, é o meu único alento, todo o meu sol, todo o meu luar, toda a minha vida. Mas é graças a essa saudade, que eu sinto e vivo a tua presença
7 comentários:
A saudade doi, mas é a marca mais visível do amor. Sentir saudade é chegar mais perto, é saber tocar sentindo!
Magnífico, este texto e belo o retrato da Saudade!
Um beijo doce
Hoje vim ler as tuas cartas perdidas. Já não sei o que dizer-te, Alexandre. Ando a pensar afastar-me deste mundo dos blogs, sei que a falta de tempo é uma desculpa esfarrapada mas no meu caso é mesmo o que se passa. E ainda não me afastei. Nem vou conseguir, eu sei. Posso espaçar os meus posts mas tenho de cá vir todos os dias. Há cantinhos sem os quais já não passo. O teu é um deles. Sabes, não sabes? Um beijo grande e um óptimo domingo.
Dói, sim, esta saudade. Mas há outra que também magoa: a saudade do que não se viveu. Paradoxo? Talvez...Um beijo, Alexandre.
Já tenho saudades de ler mais saudades tuas!...
Beijinho grande
Faço minhas as palavras da Cris. Um beijo :)
E porque de muitos dias é feita a noite e porque de muitos momentos é feito um encaixe mais que imperfeito..
à quem tenha falta do eu disfarçado de outro mas á quem nao consiga sentir essa falta sequer..ou mesmo sentir a verdadeira palavra saudade..
Gostei do teu texto..
de parabens vc e unico nuca lie um alind asaudade asim adorei...muito agora sei o quanto e ruim fica so e com saudades.
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