sexta-feira, março 18, 2005

A Concubina da Noite

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A luz do dia vai crescendo no seu desmaio
E o céu com a sua túnica de ondas de azuis,
Salpicado de brilhos e desejos.
A menina de lábios doces assiste a tudo em silêncio...
As flores exalam seus mais delicados perfumes,
Embaladas pelo chilreio dos pássaros,
Na impaciente busca por seus ninhos.
Todos, cada um no seu jeito, esperam por ela...
A Concubina da Noite!
Na noite quente de Agosto,
A brisa de verão que sopra do mar...
Vinda das areias de África
A lua cheia enche ainda mais os olhos dos amantes,
Que trocam olhares e segredos...
E desejos,
Sedentos um do outro...
E em silêncio a tudo observo embevecido,
Com a caneta em punho,
E derramo sobre o papel lágrimas,
Enquanto espero por ela.
E na hora marcada ela surge,
Linda como sempre,
Trazendo consigo sua frescura habitual...
De chá verde!
Seu silêncio é manso e sereno,
E o caminhar provocante...
A lua agora pertence a ela,
Enfeita-lhe os cabelos de fogo
Enquanto o verde da relva repousa agora nos seus olhos!

1 comentário:

Cris disse...

Poema nada fácil de comentar... Há nele um misto de sentires e uma profundidade tal q chego a temer profaná-lo com as minhas palavras...

A imagem torna-o ainda mais profundo.

Está lindo!

Beijinho