terça-feira, fevereiro 08, 2005

Palavras...

Se nada mais tenho do que palavras derramadas com espaços e vírgulas, distâncias cada vez maiores, incertezas que, em cada dia que passa, mais profundas são, é o momento de procurar numa praia distante, aquecida por este sol de Inverno que teima em ficar, a canção que é urgente eu cantar.

Ao enlaçar a tua cintura, para um voltear de uma valsa, ganho coragem e rasgo o véu que tapa a tua nudez. Que seja plena e bela numa dádiva exigente. Só que quando o véu cai a meus pés, apenas fica o vazio. Um vazio cheio de coisas por dizer, de sentimentos que não passaram de fugalhas etéreas que um simples sopro de dúvida dissipou por completo.

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